Jorge Amado - Capitães da Areia

Os Capitães da Areia são um grupo de quase cem menores abandonados e marginalizados que habitam um trapiche abandonado; Os capitães de areia, apesar de numeroso, era um grupo organizado e tinha líderes. A obra é dividida em três partes. As únicas pessoas a se relacionarem com o grupo são o Padre José Pedro e uma mãe-de-santo. O Reformatório é um antro de crueldades e a polícia os caçam como os adultos, mesmo que eles sejam apenas crianças. A primeira parte, "Sob a lua, num velho trapiche abandonado", conta algumas histórias quase independentes sobre alguns dos principais Capitães da Areia.

• Pedro Bala, o líder, é uma espécie de pai para os garotos, mesmo sendo tão jovem quanto os outros.
•  Volta Seca, afilhado de Lampião, tem ódio das autoridades e o desejo de se tornar cangaceiro;
• Professor, que lê e desenha na maior parte do tempo;
• Gato, que com seu jeito malandro acaba conquistando uma prostituta: Dalva; 
• Sem-Pernas, o garoto que se finge de órfão desamparado;
•  João Grande, o "negro bom" como diz Pedro Bala, segundo em comando; 
• Querido-de-Deus, um capoeirista que é só amigo do grupo; 
• Pirulito, que tem grande fervor religioso. 

Este livro foi escrito na primeira fase da carreira de Jorge Amado, e nota-se grandes preocupações sociais. As autoridades e o clero são sempre retratados como opressores (Padre José Pedro é uma exceção; antes de ser um bom padre foi um operário), cruéis e responsáveis pelos males. Os Capitães de Areia são heróicos, "Robin Hoods" que tiram dos ricos e guardam para si (os pobres). O Comunismo é mostrado como algo bom, e o Padre José Pedro tem dúvidas quanto a posição da Igreja quanto ao assunto. No geral, as preocupações sociais dominam, mas os problemas existenciais dos garotos os transforma em personagens únicos e corajosos, corajosos Capitães da Areia de Salvador.